quinta-feira, 3 de abril de 2014

Diários de Terapia 9

Eu sou uma criança em um corpo de adulto.


Não me surpreende que os médicos sempre falem em "adquirir maturidade". Eu só demorei muito pra perceber. Mas percebi. Hoje, agora. Realmente existem esses momentos de epifania!
Tudo faz sentido agora. A forma como eu me preocupo aterrorizadamente quando alguém que eu gosto está longe, minha necessidade constante de atenção, o fascínio eterno pelo sensual, a raiva fulminante quando sou contrariado, a incapacidade de assumir qualquer responsabilidade e só buscar o que me dá prazer, entre muitos outros.

Eu sou uma criança. Tudo faz sentido. Epifania.

Eu me sinto envergonhado, não por ter três posteres de super heróis no quarto, o porque eu fui ao psiquiatra ontem vestido como um garoto de 10 anos, até porque muitos adultos de verdade agem assim, mas pelas minhas atitudes serem genuinamente infantis. Não teria importância ter os mesmos gostos, e conseguir ter controle sobre a vida. Mas eu não tenho. Nem um pouco.

Não tem lição de moral aqui. Nada de final feliz ou lado bom. Não tem nada bom.

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