segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Diários de Terapia 10

Eu não estou bem.
Isso é fato.
Ontem eu estava, hoje não estou mais.
Que se dane a síndrome do pânico, o problema maior continua sendo a depressão.
Muitas coisas mudaram.
Eu sei agora o que eu preciso fazer, e de onde vem essa falta de vontade viver.
Mas não consigo vencer isso. Não consigo fazer o que devo.
É um objetivo visível, mas aparentemente inalcançável.
Não sei se existe alguma lição aqui.
Nem sentido. Parece que não há sentido.
O único sentido no universo é o que criamos para nós mesmos.
Tudo o que conhecemos é a vida, e como ela não faz sentido, ficamos obcecados pela morte.
E eu pensei na morte hoje, mais uma vez. Flertei com ela, enquanto fugia de
suas garras.
Acho que todo mundo é assim: a morte é nosso maior fascínio, e maior medo.
Eu preciso calar uma coisa dentro de mim. Não quero acabar com tudo que sou, mas muitas vezes essa parece ser a única opção. Quero muito, muito mesmo, nunca mais ouvir esse monstro dentro de mim.
Quero poder matar essa parte, e viver com o resto.

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