segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Nietzsche (ou Diários de Terapia 8)

Caramba, mais um texto dessa série? Nem eu aguento mais! Queria ter ânimo pra escrever sobre alguma outra coisa... filmes e tal...
Mas eu vim aqui pra dizer que eu não faço a menor ideia de quem foi Nietzsche. Sério. Nada. Tive que rezar pra São Google para saber como escrever esse nome. Qual a relevância disso?
A questão é que eu estou usando uma camisa com o nome desse cara. Sim, sou como aqueles adolescentes que usam camisa do Ramones, sem nunca ter ouvido uma música, ou da Jack Daniels só pra ficar exatamente igual a todos os outros. Mas calma. Eu ganhei a camisa, e ela é bem legal. Foi um presente
maneiro de uma pessoa que eu gosto. Tá, mas e daí?

Então, lá estava eu chegando no metrô depois de um dia de merda e com poucos pontos altos. De repente vejo um cara um pouco longe tentando chamar minha atenção. Eu olhei pra ele tipo "oi?" e ele apontou pra camisa e falou "Nietzsche!", e sorriu. Eu sorri de volta e dei um joinha. Nietzsche. Por causa de uma camisa o cara ficou feliz por mim, ou por encontrar alguém que tivesse algo a ver com ele. Será que isso alegrou o dia dele? Com certeza me deixou pensando! Além de pensar que eu preciso tomar vergonha na cara e ler sobre esse maldito, também pensei sobre pessoas.

Pensei sobre a menina da bilheteria do metrô. Talvez a única mulher bonita a exercer essa profissão na história da humanidade! Mas como é distraída! Ontem ela entregou meu dinheiro de volta junto com a passagem, e fez um facepalm quando eu devolvi o dinheiro, com um misto de cansaço e vergonha. Hoje ela pegou o dinheiro sem nem contar, jogou no meio de uma pilha de moedas e só me entregou o bilhete. Pessoas. Não somos todos ferrados? Eu com certeza sou.

Então, mesmo não sabendo nada sobre Nietzsche (estou copiando e colando o nome dele), posso me identificar com aquele cara.

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