terça-feira, 10 de junho de 2014

Guerra

Isso é guerra. Não temos os escudos e lanças espartanos, e nem as katanas afiadíssimas dos samurais. No cinema, vemos retratos de culturas antigas que cultivavam valores como a honra em lutar e morrer por seu povo. Desde o nascimento, as pessoas eram criadas para a guerra, e não havia privilégio maior do que morrer em batalha. Morte. Esse é um assunto recorrente na minha cabeça. A glamourização da morte dos soldados de Esparta no cinema é tão atraente! A morte certa deixa de ser uma preocupação, e entra em cena a sede pela honra. Morrer é o prêmio, desde que seja com armas nas mãos e tendo derramado o sangue inimigo. Nossa cultura ocidental do século 21 não deixa muito espaço para esse tipo de grandeza. Não parece haver propósito na morte, nem causa que se sobreponha a ela. A impressão é de que somos crianças mimadas e amedrontadas, em vez de fortes máquinas de combate. Onde está nossa guerra? Ela existe e está no âmago de tudo o que fazemos. Nossa batalha é pela vida, por nossa liberdade e crescimento. Não portamos espadas, mas cada vez que saímos da zona de conforto, enfrentamos algum inimigo. Por que eu deveria enfrentar o medo de voar de avião? "E se eu morrer lá? Que morte ridícula!" Nos enganamos pensando que falta honra em nossos dilemas, porém, enfrentar aquilo que nos oprime é uma guerra. Se essa luta se tornar um hábito, quando a hora chegar, partiremos com honra! 

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