Esse filme australiano foi uma das maiores surpresas cinematográficas que eu já tive! Ele falou comigo de uma forma que não acontecia há muito tempo!
Histórias. Acho que tudo que eu escrevo aqui tem a ver com isso. Esse filme pra mim é uma grande metáfora sobre contar histórias. Eu não conhecia o roteirista/diretor Leon Ford, mas me sinto quase amigo dele depois de ver Griff, O Invisível. Me identifico com a história e com as metáforas e quem entender com certeza vai gostar desse filme. Ele fala sobre a dificuldade de se viver quando se é diferente de todo mundo. Quando o padrão é insuportável e você vê a necessidade de ser mais, de ser único. Será que isso é tudo
uma ilusão? Ou será possível transcender a normalidade?
Griff é um cara de vinte e poucos anos que trabalha em um escritório onde é ridicularizado por um dos colegas. Esse emprego foi conseguido graças a seu irmão, que constantemente checa se ele está se comportando e não está fazendo nada de estranho. O motivo da preocupação do irmão é porque Griff leva uma vida dupla! A noite ele se veste de super-herói, transforma seu apartamento em um centro de vigilância da vizinhança e luta contra o crime. Pelo menos é isso em que ele acredita, mas seus vizinhos e até a policia discordam. Griff é totalmente mal entendido por todos, até que ele conhece Melody. A garota esquisita e amável cujos pais nunca fazem a menor ideia do que ela está falando. Quem não quer alguém assim, né? Melody percebe imediatamente que o encontro dos dois não foi por acaso. Eles se completam, se entendem! Griff, no meio de uma crise e inclinado a viver no "mundo real", acaba descobrindo que o maior super poder é o amor!
Sim, é possível transcender a normalidade, o ordinário. É possível se sentir vivo sendo quem você é. É possível contar histórias que traduzem o que vem de dentro. Quando se encontra alguém pra compartilhar a loucura, tudo no seu mundo fica normal. Tudo vale a pena.
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